Tipos de Adoçantes

15/07/2011 21:33

Tipos de Adoçantes


Os adoçantes foram desenvolvidos para substituir o poder de adoçar dos açúcares, esses produtos são geralmente usados em indivíduos com necessidades dietéticas especiais como por exemplo pessoas portadoras do Diabetes Mellitus. No entanto existem vários tipos de adoçantes a serem usados, alguns mais doces do que outros, o que contribui para mais opções nas escolhas de cada um. Dentre eles os que mais se destacam são:

Sacarina: Extraída de um derivado do petróleo, tem poder adoçante 500 vezes maior que a sacarose. Em altas concentrações deixa sabor residual amargo e metálico, e não é metabolizada pelo organismo. È de fácil solubilidade e estável em altas temperaturas, podendo ser utilizado em preparações quentes.

Ciclamato: Como a sacarina, é edulcorante artificial largamente usado no setor alimentício, sendo aplicado em adoçantes de mesa, bebidas dietéticas, geléias, sorvetes, gelatinas, etc. Com o menor poder adoçante, é 40 vezes mais adoçante que a sacarose, não calórico e possui sabor agradável e semelhante ao açúcar refinado. Não perde a doçura quando submetido a altas/ baixas temperaturas e meio ácidos.

Aspartame: Possui sabor agradável e semelhante ao açúcar branco, só que com o potencial adoçante 200 vezes maior, permitindo o uso de pequenas quantidades. Muito usado pela industria alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet. Sensível ao calor, perde o seu poder adoçamento em altas temperaturas. A doçura também poderá diminuir quando muito tempo armazenado. É contra indicado a portadores de fenilcetonuria, uma doença genética rara que provoca o acumulo de fenilalanina no organismo, causando retardo mental.

Acesulfame-k: Adoçante sintético de maior resistência ao armazenamento prolongado e a diferentes temperaturas. Adoça 130-200 vezes mais que a sacarose, seu gosto doce é percebido de imediato e em grandes doses deixa um leve sabor residual amargo. Pode ir ao fogo por ser estável a altas temperaturas. Não é calórico e nem metabolizado pelo organismo. Pode ser usado como adoçante de mesa e numa infinidade de produtos.

Steviosídeo: Extraído da Stevia rebaudiana, planta originaria da Serra do Amambaí, na fronteira do Brasil com o Paraguai. Das suas folhas se extrai o steviosídeo, edulcorante natural de sabor doce retardado com poder adoçante 300 vezes maior do que a sacarose. Tem boa estabilidade em altas ou baixas temperaturas. Pode ser consumida sem nenhuma contra-indicação por qualquer pessoa. Não produz caries, nem é calórica.

Sucralose: Edulcorante sintético com poder adoçante 600 vezes maior do que a sacarose. Não é calórico e possui sabor agradável. Estável a temperaturas altas e baixas e em longos períodos de armazenamento. Pode ser usada como adoçante de mesa, em formulações secas (como refrescos e sobremesas instantâneas), em aromatizantes, conservantes, temperos, molhos prontos, compotas, etc.

Sorbitol: Substância natural presente em algumas frutas, algas marinhas etc. Tem o poder edulcorante igual ao da sacarose e similar ao da glicose, não sendo aconselhável a pacientes obesos e diabéticos mal controlados. Calórico, não altera significantemente a glicemia. Não provoca caries, não é tóxico e apresenta boa estabilidade. Resiste, sem perder seu potencial adoçante, a processos de aquecimento, evaporação e cozimento. Doses acima de 20 a 30g/dia produzem efeito diurético e acima de 30 a 70 g/dia causam diarréia. Em algumas pessoas esses efeitos ocorrem mesmo em doses baixas, como 10g/dia.

Manitol: Sabor semelhante ao da sacarose, apresentando uma sensação refrescante na saliva, que aumenta quando associados ao aroma de menta. É considerado um dos melhores preventivos contra caries. Precaução: doses acima de 30g/dia podem provocar diarréia quando consumidos pela primeira vez.

Frutose: É um edulcorante natural, de sabor agradável e extraído das frutas e do mel, quando ingerida junto das refeições não altera a glicemia. Quando submetida ao calor a frutose derrete, porém mantém o seu sabor. É uma vez e meia mais doce que a sacarose, com o poder de adoçamento 173 vezes maior.

Lactose: Açúcar extraído do leite muito usado como diluente nos adoçantes de mesa. Seu potencial edulcorante é cerca de 15% maior que a sacarose.

Malto dextrina: Açúcar extraído do milho, também muito usado como diluente nos adoçantes artificiais. Como a lactose, 50% mais doce que a sacarose. Dextrose: Outro açúcar derivado do milho com ampla aplicação na industria alimentícia. Sua doçura é cerca de 70% maior que a da sacarose.

Neohesperidina: É aproximadamente 400~600 vezes mais doce que a sacarose. A neohesperidina é tipicamente usado em combinação com outro adoçantes. A neohesperidina também tem propriedades redutoras dos sabores amargos. È estável ao calor e pode ser usado então em alimentos que requerem pasteurização ou processos UHT. Não provoca caries e pode ser usada em produtos diabéticos.

Em indivíduos saudáveis, ou seja, que não sofrem de nenhum tipo de doença que exija o não consumo de açúcar, existem vários tipos de açúcares que podem ser consumidos e escolhidos para o consumo. Veja os tipos deles e suas características mais marcantes.

Açúcar Refinado: é o popular açúcar branco. No processo de refinamento, ocorre a perda de vitaminas e minerais e a adição de produtos para que ele fique branquinho e saboroso. Não fornece nutrientes.

Açúcar Cristal: possui cristais grandes, transparentes e tem praticamente as mesmas propriedades do açúcar refinado. É muito usado em bolos e doces.

Açúcar de Confeiteiro: é o açúcar refinado peneirado e adicionado de amido de milho para que fique fino. Não tem propriedades nutricionais e é muito usado no preparo de coberturas e glacês.

Açúcar Mascavo: é o açúcar em sua forma natural, obtido do caldo da cana. Tem cor mais escura e sabor mais forte. Possui minerais como o cálcio e o ferro.

Açúcar Light: é a combinação do açúcar refinado com adoçante artificial. Muito utilizado por pessoas que gostam de consumir o açúcar refinado, mas não se adaptam à sua substituição por adoçantes.

Açúcar Orgânico: não utiliza ingredientes artificiais ou agrotóxicos no preparo e tem o mesmo poder adoçante do açúcar refinado, mas preservando parte de seus nutrientes.

Açúcar Demerara: passa por um leve processo de refinamento e não recebe aditivos químicos. Tem grãos de aparência marrom claro e nutrientes parecidos com os do açúcar mascavo.

Fonte: TORLONI, M.R.; NAKAMURA, M.U.; MEGALE, A.; SANCHEZ, V.H.S.; MANO, C.; FUSARO, A.S.; MATTAR, R. O uso de adoçantes na gravidez: uma análise dos produtos disponíveis no Brasil. Rev. Bras. Ginecol. Obstet, vol. 29, n. 5, p. 267-275, 2007.

MAHAN, LK; SCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 10ª ed. São Paulo: Ed. Rocca, 1998


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https://estilo.uol.com.br/ultnot/2009/05/22/ult3617u7373.jhtm
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